Geotecnologia e Drones movimentam R$ 1,5 bi em 2019 e geram 100 mil empregos
15/05/2019 13:03Os serviços proporcionados por diversas plataformas de coleta de informações, incluindo os drones e a geolocalização, impactam milhares de pessoas, empresas e governos, auxiliando nas tomadas de decisões mais inteligentes. Um bom exemplo disso são os aplicativos de localização, comuns nos smartphones, que ajudam bilhões de pessoas diariamente. Juntos, estes setores movimentarão no Brasil em 2019, R$ 1,5 bilhão e já acumulam 100 mil empregos.
Os drones estão cada vez mais presentes em diversos setores, como infraestrutura, transporte, agricultura, mapeamento, mineração, segurança, resgate, mídia e entretenimento, telecomunicações, inspeções e muito mais.
Dados da Frost & Sullivan apontam um crescimento anual mundial do mercado de 33% até 2020 – com destaque para a África e América Latina, que devem apresentar um crescimento ainda maior.
Segundo a consultoria PwC, o mercado global de drones pode chegar a 127 bilhões de dólares, valor que representa os setores de infraestrutura (41%); agricultura (26%); logística (10%); segurança (8%); entretenimento (7%); seguros (5%) e mineração (3%). No Brasil não tem sido diferente, destacando-se a liderança da agricultura.
No Brasil estima-se que o mercado de drones movimentará R$ 500 milhões, incluindo a receita gerada por toda a cadeia produtiva do setor, formada pelo desenvolvimento, fabricação, importação e comercialização de equipamentos, tecnologia embarcada e softwares, além da prestação de serviços. Essa projeção de crescimento está baseada em pesquisas do mercado local, realizadas pela MundoGEO, cruzadas com dados globais e comparações com números da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que registrou em 2018 um crescimento de 100% na quantidade de solicitações de registros de drones para uso profissional. O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) também teve um aumento no número de solicitações de operações com drones, passando de 13 mil em 2017 para 80 mil em 2018.
Por outro lado, as geotecnologias envolvendo os sistemas de posicionamento por satélite como o GPS, os diversos satélites e aviões que monitoram a terra constantemente, as plataformas de coleta de dados e análise das informações, bem como a prestação de serviços geram mais de 1 bilhão de reais em faturamento anual, segundo projeções da MundoGEO, baseadas em dados globais do setor e pesquisas de mercado no Brasil. Um estudo global foi feito em 2013 pela consultoria Oxera, encomendada pelo Google, que estimou um faturamento mundial do setor entre 150 e 270 bilhões de dólares. Um recente levantamento realizado pela empresa indiana Geospatial World, estimou que o potencial econômico deste setor no mundo pode chegar a US$ 500 bi.
Geotecnologia e Drones na Indústria 4.0
A revolução industrial 4.0 está impactando muito estes setores, criando ciclos cada vez mais rápidos de inovação, o que dificulta fazer previsões em relação ao futuro. No processamento e análise das informações existem muitas soluções que incorporam conceitos de inteligência artificial, big data, internet das coisas, mobilidade autônoma e podem ser visualizadas no formato 3D via realidade virtual e aumentada, como em projetos de Smart Cities, monitoramento de barragens de mineração, infraestrutura e agricultura de precisão.
Estima-se ainda que mais de 100 mil pessoas atuem no setor de drones e geotecnologia de forma direta, em funções como por exemplo na coleta de dados geoespaciais – que pode ser feita por drones, satélites, aviões, estações terrestres e móveis. Nesta legião de envolvidos, destacam-se geógrafos, agrimensores, cartógrafos, agrônomos, ambientalistas e muitos outros profissionais que também atuam no processamento e análise das informações.
Fonte: MundoGEO
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